Na manhã desta sexta-feira (29), o dólar atingiu uma nova máxima, alcançando R$ 6,1158 durante as negociações, marcando uma alta de 1,32% em comparação com o dia anterior. Esse movimento reflete as preocupações do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado nesta semana pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O plano fiscal do governo prevê uma economia de R$ 71 bilhões em 2025 e 2026, totalizando R$ 327 bilhões até 2030. No entanto, analistas apontam que essas metas podem ser difíceis de atingir, o que gera desconfiança entre os investidores e pressiona a moeda brasileira.
Além disso, o discurso de Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central, na quinta-feira (28), também influencia o mercado. Galípolo reiterou o compromisso com a meta de inflação de 3%, mesmo diante do risco de desancoragem das expectativas inflacionárias. Esse posicionamento aumenta a expectativa de juros mais altos no Brasil, impactando as decisões dos investidores.
O mercado segue atento aos desdobramentos econômicos e fiscais, com a expectativa de que o dólar continue volátil ao longo do dia. Às 10h18, a moeda americana já havia subido para R$ 6,11, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo operava em queda. Por volta das 11h, o Ibovespa apresentava uma desvalorização de 0,16%, caindo para 124.412 pontos.
Essa reação ocorre enquanto os investidores ainda digerem o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo, em um cenário de retomada das negociações nos mercados dos Estados Unidos, após o feriado de Ação de Graças. Vale destacar que a Bolsa americana fechará mais cedo hoje, às 15h (horário de Brasília).
De acordo com a B3, aproximadamente metade do volume de negociações na Bolsa brasileira envolve investidores estrangeiros.
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