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Congelamento do Orçamento de 2024 Penaliza Saúde e Amplia Desafios Sociais

Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios

A suspensão do Orçamento de 2024 trouxe impactos significativos, com o Ministério da Saúde sendo o mais afetado, sofrendo um corte de R$ 4,4 bilhões de um total previsto de R$ 47 bilhões. O governo federal estabeleceu os limites de gastos para este ano por órgãos e ministérios, incluindo a suspensão de R$ 15 bilhões anunciada na última semana.

Essa medida visa cumprir as regras do arcabouço fiscal e garantir a meta de déficit zero das despesas públicas até o final do ano. No entanto, as consequências são severas, especialmente para áreas críticas.

Após a Saúde, o Ministério das Cidades enfrentou um congelamento de R$ 2,1 bilhões, seguido pelos Transportes com R$ 1,5 bilhão, Educação com R$ 1,3 bilhão, e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome com R$ 924,1 milhões.

O gabinete da vice-Presidência da República sofreu o menor corte, com apenas R$ 100 mil, devido à sua dotação total reduzida de R$ 5 milhões. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico foram os únicos que não sofreram cortes.

O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União na noite desta terça-feira (30), detalhando as medidas. Os dados também estão disponíveis na página do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

Os ministérios e órgãos afetados têm até 6 de agosto para implementar medidas de ajuste e indicar quais programas e ações terão o orçamento reduzido. As despesas congeladas podem ser reavaliadas pelos órgãos a qualquer momento, exceto quando estiverem sendo utilizadas para fins de abertura de crédito no momento da solicitação.

Essa suspensão orçamentária, embora necessária do ponto de vista fiscal, agrava os desafios sociais, principalmente nas áreas de saúde e educação, que já enfrentam sérias dificuldades.

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